quinta-feira, 4 de março de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Outro sim

Outro sim,
Na terra dos talvez
Sim, é verdade
Sim, existe
Outro fruto bem dito
Outra existência tamanha
Outra água, pura e cristalina
Neste mar que é o mundo.
Dás-me tanto, e peço-te tão pouco.

Marco Barata

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Leva o mundo a sério.

Leva o mundo a sério.
Pergunto eu?
O que me faz gostar de uma rapariga, que num dia de chuva, pára, baixa-se, e prescinde de algum do seu tempo para mimar um cão que se encontra encharcado e frio na via pública? Eu sei,...a sua generosidade.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Será este o homem...


A importância de uma mão...

Qual é a importância de uma mão?
Depende da perspectiva, para mim uma mão não é uma mão, então o que é ?
É o gesto de a estender, e a força com que tu a seguras, entendo que existam outras maneiras de entender a importância de uma mão, existe talvez a perspectiva mais comum em que uma mão é parte integrante do braço, constituída por tendões, pele, ossos, nervos, etc, etc...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

terça-feira, 20 de maio de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Euro 08
















A minha primeira colecção de cromos, de um Europeu, foi do Euro 88.Neste Europeu ganhou a Holanda com aquela fantástica equipa, com Gullit, Riskaar e Van Basten.Nesta altura andava no 5º ano, e todo o dinheirito, era para comprar cromos.Bons tempos, que deixam saudades, onde tinhamos como heróis jogadores de futebol.





Aqui ficam algumas imagens, dessa mesma colecção.





Olha o Mancini tão novinho...








À espera do fim - Jorge Palma

Vou andando por ai
Sobrevivendo à bebedeira e ao comprimido
Vou dizendo sim á engrenagem
E ando muito deprimido
É dificil encontrar quem o não esteja
Quando o sistema nos consome e aleija
Trincamos sempre o caroço
Mas já não saboreamos a cereja

Já houve tempos em que eu
Tinha tudo não tendo quase nada
Quando dormia ao relento
Ouvindo o vento beijar a geada
Fazia o meu manjar com pão e uva
Fazia o meu caminho ao sol ou à chuva
Ao encontro da mão miúda
Que me assentava como uma luva

Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gozo de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois á espera do fim

Tu tens fortuna e eu não
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo
Mas temos em comum o facto de ambos vermos
A vida por um canudo
Invertemos a ordem dos factores
Pusemos números á frente de amores
E vemos sempre a preto e branco o programa
Que afinal é a cores

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Igreja da Lousã.

Posted by Picasa

O Velho do Restelo


Quem foi o Velho do Restelo ?

O Velho do Restelo é uma personagem de Camões no célebre Os Lusíadas que representava simbolicamente aqueles que da nossa sociedade de então se opunham aos Descobrimentos, à nossa cavalgada por 'mares nunca dantes navegados'.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Neura - Rock Rendez Vous - Refúgio



Quem me conhece, sabe que tinha de pôr isto...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Robbie Williams - Angels a live




Robbie Williams é um fenómeno, ninguém consegue ficar indiferente, ou se gosta ou de detesta, eu...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sem comentários.

Casablanca - As time goes by




You must remember this
A kiss is still a kiss, a sigh is just a sigh
The fundamental things apply
As time goes by

Dallas, eu vi e tu...

Pato - Joaquim Baptista


domingo, 20 de abril de 2008

Uma aventura no fundo do mar - CAE Figueira da Foz











Sábado foi dia de teatro, a peça era "Uma Aventura no fundo do mar", a ideia central da peça era sensibilizar as pessoas a não atirarem lixo para o mar.

As crianças adoraram a peça, e eu gostei particularmente que todos os adereços desta peça fossem feitos de material reciclável.

De louvar a organização,que, no final do espectáculo deixou as crianças privarem de perto com os actores.

Por último é de enaltecer o esforço do CAE da Figueira em trazer espectáculos para crianças, a Rua Sésamo vem a caminho, lá estaremos.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Roy Lichtenstein - Girl...With...Hair....Ribbon

Silvestre Fonseca



Um dia destes fui ver um concerto de guitarra, no Cine-teatro da Lousã, o artista era Silvestre Fonseca, meu desconhecido hà altura, fiquei fã, dá para perceber porquê...

Conversas de supermercado...

Bom dia, quero um queijo e uma paiola
_ Tem preferência por alguma marca?
_ Do melhor que é para o Doutor.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Conversas de café...

_Quanto custa um pão com manteiga?
_Custa 0,70 cêntimos.
_ Quanto custa um pão com fiambre?
_ 1,20 cêntimos.
_ Quanto custa um pão com manteiga e fiambre?
_ 1,20 cêntimos
_ Quanto custa um pão?
_ 0,40 cêntimos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Dreams of classics - Bolero, Ravel - Herbert von Karajan

Think of me - The Phantom of the Opera

CHRISTINE:
Think of me, think of me fondly,
when we've said goodbye.
Remember me once in a while -
please promise me you'll try.
When you find that, once again, you long
to take your heart back and be free -
if you ever find a moment,
spare a thought for me

We never said our love was evergreen,
or as unchanging as the sea -
but if you can still remember
stop and think of me . . .

Think of all the things
we've shared and seen -
don't think about the things
which might have been . . .

Think of me, think of me waking,
silent and resigned.
Imagine me, trying too hard
to put you from my mind.
Recall those days
look back on all those times,
think of the things we'll never do -
there will never be a day,
when I won't think of you . . .

RAOUL:
Can it be? Can it be Christine?
Bravo!
Long ago, it seems so long ago
How young and innocent we were...
She may not remember me,
but I remember her...

CHRISTINE:
Flowers fades,
The fruits of summer fade,
They have decisions, so do we
but please promise me, that sometimes
you will think of me!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Há dias de luz...

Às vezes em dias de luz perfeita e exacta, começo este post com Fernando Pessoa porque cai que nem uma luva. Então é assim, há algum tempo atrás um amigo arranjou-me o Unplugged dos Nirvana, porreiro pensei eu, um grupo pelo qual tinha uma grande simpatia desde a adolescência, e com o qual passei tardes infindáveis a rasgar acordes na guitarra de um vizinho, até cansar .Mas ao contrário daquilo que eu pensava não liguei muito, acabando mesmo por não o ouvir. Meses mais tarde "num dia de luz perfeita e exacta" deu-me para o ouvir, e fi-lo com tanto prazer e satisfação que fiquei a pensar comigo mesmo, e disse:

_ Há dias de luz ...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Barco do amor, eu vi e tu?

Castelo de Penela

Castelo de Penela - 1


Castelo de Penela - 2


Vista do Castelo de Penela - 1


Vista do Castelo de Penela - 2

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Think of me - Fantásma da ópera




Quando ouvi esta música pela primeira vez nunca pensei ser possível existir algo tão bonito, a voz da Emmy Rossum no papel de Christine Dae é única.
Absolutamente fabuloso, do outro mundo, digamos que é a flor do sal, ouçamos...

O fantásma da ópera













La Carlotta é a prima-donna de uma prestigiada companhia de teatro e responsável pelas óperas realizadas num lindo e imponente teatro.
Sendo uma pessoa temperamental, La Carlotta irrita-se pela ausência de um solo na nova produção que está sendo preparada pela companhia e decide abandonar os ensaios. Com o dia de estréia quase chegando, os novos donos do teatro não têm outra opção senão aceitar a sugestão dada por Madame Giry, e colocam no seu lugar a jovem Christine Daaé, que fazia parte do corpo de ballet. Christine faz sucesso, chamando à atenção de todos, especialmente do Visconde de Chagny, o novo patrocinador da companhia.
O visconde e Christine conheceram-se quando eram crianças, mas ele apenas a reconhece na encenação da ópera. Porém, o que nem ele nem ninguém do grupo de teatro sabe, com excepção de Madame Giry, é que Christine tem um tutor misterioso, que acompanha sempre as encenações e estréias, bem como tudo o que acontece no teatro: o Fantasma da Ópera.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Dartacão, eu vi e tu?

O talentoso Mr.Ripley ( Anthony Minghella)






Aqui fica a minha humilde homenagem a Anthony Minghella, com um filme que vi e gostei muito.
Tom Ripley (Matt Damon) possui um dom incomum: é capaz de imitar, com perfeição, a asssinatura, a voz, o modo de se mexer, tudo numa pessoa. Graças a um casaco emprestado, conhece o empresário Herbert Greenleaf (James Redhorn), que lhe oferece mil dólares para ir à Europa trazer de volta seu filho, Dickie (Jude Law). Ripley aceita a oferta e termina por desfrutar da boa vida e da amizade de Dickie e de sua namorada Marge (Gwyneth Paltrow), tornando-se hóspede de ambos. Entretanto, desconfianças pairam sob o passado de Ripley, criando situações contrárias aos seus interesses, o que o leva a matar Dickie e assumir sua identidade.

terça-feira, 18 de março de 2008

Eu sei ( Sara Tavares)

















Se eu voar sem saber onde vou
Se eu andar sem conheçer quem sou
Se eu falar e a voz soar com a manhã
eu sei...


Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui
Só Deus sabe o que virá, só deus sabe o que será
Não há outro que conheçe tudo o que acontece em mim

Se a tristeza é mais profunda que a dor
Se este dia já não tem sabor
E no pensar que tudo isto eu já pensei
Eu sei...

Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
E se um dia dia eu disser que já não quero estar aqui
Só Deus sabe o que virá, só Deus sabe o que será
Não há outro que conheçe, tudo o que acontece em mim

Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui
Na incerteza de saber o que fazer o que querer
Mesmo sem nunca pensar que um dia vais passar
Não há outro que conheçe tudo o que acontece em mim

segunda-feira, 17 de março de 2008

O que é um prazer?

Acordo cedo
Domingo, 8 da manhã, acordo com uma voz linda a chamar-me papá, levanto-me indo ao encontro dela, à chegada vejo a maravilha:
- Pai, quero ir para o sofá:
- Vamos, digo eu.
Preparo-lhe o pequeno almoço, e vemos os bonecos matinais, juntos, e quando digo juntos é mesmo a tocar um no outro, que maravilha, é o Urso da casa azul, o Geraldo Boing boing, a Dora, O calimero e seus amigos, etc etc .
São 10 da manhã está um dia lindo, vamos para a praceta os 3 (pai, mãe e filho),felizes. Vê-lo brincar é um gozo, é um prazer imenso, fico sem palavras...
Depois, intervalo, hora de esplanada, café para os pais, um pastel de nata e um sumo para filho, pego nele dou-lhe um beijo, dou-lhe um abraço, dou-lhe outro beijo, dou-lhe outro abraço e digo mas que belo dia, mas que belo dia…

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sai uma bifana.

Um dia destes, mais um amigo meu fui à casa das bifanas almoçar, confesso que gosto de almoçar na casa das bifanas faz-me bem ao espírito, e relembra-me tempos de escola, chegados lá constatamos que não estava o patrão, confesso que gosto quando ele está, forma-se ali um diálogo com os funcionários que não os leva a lado nenhum mas por outro lado alivia-lhes o stress de horas atrás do fogão. Contratempos à parte partimos para o “morfos”, uma sopinha para forrar e de seguida venham elas, depois, bem é um luxo, acompanhadas do branquinho à pressão, é desfiar a língua falar de tudo e de nada. Estes sítios para mim são nostálgicos, sei que vão acabar um dia, mas enquanto não acabam vamos indo… Vê-se gente de todas as idades e classes sociais, ninguém resiste ao sabor das bifanas, digamos que as pessoas que frequentam estes sítios dão uma mistura social muito interessante, engraçado é que o balcão faz como que um circulo e estabelece-se um diálogo entre todos os que ali comem como se de uma mesa só se tratasse. O que é certo, e sem dúvida nenhuma é que comer na casa das bifanas é um prazer, um prazer daqueles que nos transporta para outra dimensão, a dimensão dos petiscos à portuguesa. Da última vez constatei que fizeram obras, era necessário, mas já não é a mesma, parece um restaurante, as novas leis o obrigam, perde aquele ar rústico, ganha uma cara nova, como que a dizer-nos estou a mudar um dia serei um restaurante. Mas sem dúvida nenhuma que aqueles que gostam como eu, destas casinhas típicas, têm que agradecer aos seus proprietários que vão continuando a fazer de tudo para as manter de pé. Da minha parte só me resta fazer publicidade e dizer que não percebo aqueles que por elas passam e não entram…

sexta-feira, 7 de março de 2008

Para ti meu filho.

Quando as coisas nascem,
Algo começa,
Isto começou quando tu nasceste,
Isto,
Isto, que sinto no peito,
Isto, que me dá vida,
Isto, que me dá luz…
Quando as coisas nascem,
Algo começa…
Isto começou quando nasceste
Isto?
Isto, que se sente e não se escreve.

Marco Barata

quarta-feira, 5 de março de 2008

Com um brilhozinho nos olhos

Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar.
Conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam,
o que é que aconteceu, diz lá
é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há.



Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente, muito à frente dos bois
ou seja, fizemos promessas
trocamos retratos
trocamos projectos os dois
trocamos de roupa, trocamos de corpo,
trocamos de beijos, tão bom, é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra
p'lo menos a julgar pelo som



E que é que foi que ele disse?
E que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco.
passa aí mais um bocadinho
que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
portanto,Hoje soube-me a pouco



Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos a rádio no "on"
acendemos a já costumeira
velinha de igreja
pusemos no "off" o telefone
e olha, não dá p'ra contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos parados depois do que não te contei

Com um brilhozinho nos olhos
dissemos, sei láo que nos passou pela tola
[o que nos passou pelo goto]
do estilo és o "number one"dou-te vinte valores
és um treze no totobola [és o seis do meu totoloto]
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quatro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos imóveis
a dar uma de "tête a tête"

E que é que foi que ele disse?...

E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queríamos sere quais as esperanças
que a vida rouboue olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê caras
não vê corações

com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo
que é coisa que vale milhões.

E que é que foi que ele disse?...

Sérgio Godinho

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Música Clássica



Sábado dia 23 de Fevereiro foi dia de espectáculo, Carmina Burana de Carl Orff e 9ª Sinfonia de Beethoven, no Centro de artes e espectáculos da Figueira da Foz, interpretada pela Orquestra Sinfónica da Rádio Nacional da Ucrânia dirigida pelo maestro Volodymyr Sheiko.
Pelas 20 horas metemos pés ao caminho,eu e a família, à chegada a expectativa era grande pois sou novato nestas andanças, confesso que ia expectante, gostei muito, todo o envolvimento do espectáculo, mais de 100 pessoas em palco, realmente fantástico. Mas tenho de confessar, o meu conhecimento musical não deu para grandes entendimentos sobre aquilo que se estava a passar em palco, aceito que me falta cultura musical, e educar o meu ouvido para estes sons que jorram como torrentes dentro de mim, , pois durante o espectáculo tive momentos de euforia e momentos mais contidos, no geral gostei, quero continuar, pretendo deixar de ser um leigo nesta matéria, quero tentar transmitir no futuro um especial gosto pela música ao meu filho, e em especial iniciá-lo na música clássica bastante cedo, dar-lhe as bases para o caminho, e, se depois ele quiser continuar, fico feliz por lhe ter dado a “cana de pesca”.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Miguel Barreira - Terceiro lugar - World Press Fhoto





O “medo” de Jaime Jesus, um bodyboarder de 20 anos, da Figueira da Foz, a cair de uma onda de quatro metros na Praia do Norte, na Nazaré, trouxe até Portugal, para as mãos de Miguel Barreira, fotógrafo do diário desportivo Record, o terceiro lugar da categoria de Desporto dos prémios World Press Photo. Miguel Barreira é o segundo português a conseguir este reconhecimento. O primeiro foi Eduardo Gageiro, em 1974, com uma fotografia do general Spínola.Primeiro senti medo. Depois concentrei-me e tentei manter a calma para aguentar o máximo tempo debaixo de água e esperar que as ondas acalmassem”, diz Jaime Jesus, que confessa ter engolido alguma água. “Eram ondas de quatro a seis metros, consistentes”, diz sobre o turbilhão que o fez voar.O momento só chegou a Jaime para um sexto lugar no campeonato. Mas valeu a Miguel Barreira, o fotógrafo que imortalizou Jaime suspenso no ar, agarrado à prancha, o terceiro lugar da categoria de Desporto entre as melhores imagens de desporto do ano de 2007.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Castelo da Lousã




O Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, localiza-se a cerca de dois quilômetros da vila, Freguesia e Concelho de Lousã, no Distrito de Coimbra, em Portugal.
Na margem direita do rio Arouce, em posição dominante no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, o monumento constitui-se, nos nossos dias, em uma bela atração turística.

O Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, localiza-se a cerca de dois quilômetros da vila, Freguesia e Concelho de Lousã, no Distrito de Coimbra, em Portugal.
Na margem direita do rio Arouce, em posição dominante no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, o monumento constitui-se, nos nossos dias, em uma bela atração turística.


O castelo medieval


Admite-se que a edificação (ou reedificação) do Castelo de Arouce remonta a 1080, quando a povoação foi pacificamente ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da circunscrição conimbricense, cujo mandato lhe foi outorgado por Fernando Magno, soberano que havia conquistado Coimbra aos mouros desde 1064, trazendo a Reconquista cristã da península Ibérica até à região das serras da Estrela e da Lousã.
Conquistado pelos mouros durante a ofensiva de 1124, foi reocupado e reparado por D. Teresa de Leão. Com a independência de Portugal, passou a integrar a linha raiana do Mondego até 1147, quando da conquista de Santarém e de Lisboa pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que a estendeu até ao Tejo. Nesse período, aqui vinha passar o Verão a sua esposa, a rainha D. Mafalda de Sabóia, com a sua corte. Na Carta de Foral que este soberano concedeu a Miranda do Corvo (1136), faz alusão ao Castelo de Arouce, que viria a receber o próprio foral em 1151. Mais tarde, em 1160, um novo documento alude à Lousã, distinta de Arouce, o que demonstra que a antiga povoação romana voltara a ser ocupada com a pacificação da região, prosperando de tal forma que recebeu foral em 1207, sob o reinado de D. Afonso II (1211-1223).
Em algum momento do século XIV, foi erguida a torre de menagem do castelo. Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521) a Lousã recebeu Foral Novo (1513), época a partir da qual o castelo medieval passou a ser conhecido como Castelo da Lousã.
A Lousã e seus domínios foram senhorio dos duques de Aveiro até 1759, quando passaram para a Coroa portuguesa. A partir de então, a ação dos elementos, a dos séculos e a de vândalos em busca dos lendários tesouros de Arouce, causaram significativos danos ao monumento, inclusive ameaçando derruir a Torre de Menagem.


Os trabalhos de consolidação e restauro


No século XX foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se em 1925, e depois em 1939, quando lhe foram procedidos trabalhos de conservação e reparação por parte da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Uma campanha mais extensa teve lugar entre 1942 e 1945, e, outras, pontuais, nos anos de 1950, 1956, 1964, 1971 e 1985. Esses trabalhos trouxeram-nos o monumento em bom estado de conservação, preservado numa paisagem florestal, que relembra os primórdios da nacionalidade.


Características


O castelo, de pequenas dimensões, apresenta planta no formato hexagonal irregular, no estilo românico e gótico. As muralhas, em alvenaria de xisto, são reforçadas por três cubelos (um a Sudoeste, e dois, menores a Oeste. Outros dois, semi-cilíndricos, flanqueiam o portão de entrada, a sudeste. Atravessando-se este, abre-se uma praça de armas com cerca 130 m².
O topo das muralhas é percorrido por um adarve, defendido por merlões chanfrados. Adossada à muralha, pelo lado norte, ergue-se a Torre de Menagem, com planta quadrangular, ameada. Nela se rasga uma porta em arco ogival, ao nível do adarve, com seteiras pelo lado oposto, e mais duas portas no pavimento superior, em cada uma das fachadas. É encimada por merlões chanfrados.















quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Crash - Colisão


Uma dona de casa e o seu marido advogado estatal. Um persa dono de uma loja. Dois polícias detectives que são também amantes. Um director de televisão afro-americano e a sua mulher. Um mexicano serralheiro. Dois ladrões de automóveis. Um polícia recruta. Um casal coreano de meia idade…


Todos vivem em Los Angeles. E durante as próximas 36 horas, irão entrar em colisão…


«Crash» dá uma olhada provocadora e inflexível às complexidades da tolerância racial numa América contemporânea. Realizado por Paul Haggis, argumentista e produtor de «Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos», o principal filme oscarizado deste ano, «Crash» teve um pequeno orçamento de 6.5 milhões de dólares. Com receitas a aproximarem-se já dos 50 milhões de dólares desde a sua estreia, a adesão da crítica especializada e do público tornaram-no um dos pequenos grandes fenómenos de popularidade do cinema norte-americano de 2005.

Como estás?

Se me interrogarem

- Como estás?

explico que não estou redondo nem quadrado. Neste momento acho-me mais uma espécie de losango.

- Estou losango
quem interroga a olhar para mim sem entender:


- Losango?
e eu


- Sim, losango, nunca te sentiste losango?

Nunca se devem ter sentido losangos. Há alturas em que me acontece pensar que as pessoas são esquisitas mas deve ser problema meu. Aposto o que quiserem que é problema meu.

António Lobo Antunes

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Balada de Gisberta

Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltarQuando se volta p’rò nada.

Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim vem-me buscar.

Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas mateiE com ferros morri.

Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim vem-me buscar.

Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena, A queda.

E o amor é tão longe,
O amor é tão longe… (…)

E a dor é tão perto.

Pedro Abrunhosa

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

100 melhores livros de sempre

Numa votação organizada por editores noruegueses, 100 escritores de 54 países elegeram os melhores livros de sempre.
1- Dom Quixote Miguel Cervantes (1547-1616) Espanha
2-Things fall Apart Vhinua Achebe (1930) Nigéria
3- Os Mais Belos Contos Hans Christian Andersen (1805-1875) Dinamarca
4- Orgulho e Preconceito Jane Austen (1775-1817) Inglaterra
5- Pai Goriot Honoré de Balzac (1799-1850) França
6- Trilogia: Molloy, Malone está a morrer, O Inominável, Samuel Beckett (1906-1989) Irlanda
7- Decameron Giovanni Boccaccio (1313-1375) Itália
8- Ficções Jorge Luis Borges (1899-1986) Argentina
9- O Monte dos Vendavais Emily Bronte (1818-1848) Inglaterra
10- O Estrangeiro Albert Camus (1913-1960) França
11- Poemas Paul Celan (1920-1970) Roménia
12- Viagem ao Fim da Noite Ferdinand Celine (1894-1961) França
13- Contos da Cantuária Geoffrey Chaucer (1340-1400) Inglaterra
14- Nostromo Joseph Conrad (1857-1924) Inglaterra
15- A Divina Comédia Dante Alighieri (1265-1321) Itália
16- Grandes Esperanças Charles Dickens (1812-1870) Inglaterra
17- Jacques, o Fatalista Denis Diderot (1713-1784) França
18- Berlin Alexanderplatz Alfred Doblin (1878-1957) Alemanha
19- Crime e Castigo Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
20- O Idiota Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
21- Os Possessos Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
22- Os Irmãos Karámazov Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
23- Middlemarch George Eliot (1819-1880) Inglaterra
24- O Homem Invisível Ralph Ellison (1914-1994) U.S.A
25- Medea Euripides (480-406 A.C.) Grécia
26- Absalão, Absalão William Faulkner (1897-1962) U.S.A
27- O Som e a Fúria William Faulkner (1897-1962) U.S.A
28- Madame Bovary Gustave Flaubert (1821-1880) França
29- Educação Sentimental Gustave Flaubert (1821-1880) França
30- Baladas Ciganas Garcia Lorca (1898-1936) Espanha
31- Cem Anos de Solidão Garcia Marquez (1928) Colômbia
32- Amor em Tempos de Cólera Garcia Marquez (1928) Colômbia
33- A Epopeia de Gilgamesh ---- Mesopotâmia
34- Fausto Goethe (1749-1832) Alemanha
35- Almas Mortas Nikolai Gogol (1809-1852) Rússia
36- The Tin Drum Günter Grass (1927) Alemanha
37- The Devil to Pay in the Backlands Guimarães Rosa (1880-1967) Brasil
38- Fome Knut Hamsun (1859-1952) Noruega
39- O Velho e o Mar Ernest Hemingway (1899-1961) U.S.A.
40- A Íliada Homero (700 D.C) Grécia
41- A Odisseia Homero (700 D.C) Grécia
42- Casa das Bonecas Henrik Ibsen (1828-1906) Noruega
43- O Livro de Job Anon (entre 600 - 400 A.C.) Israel
44- Ulisses James Joyce (1882-1941) Irlanda
45- História Completas Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
46- A Metamorfose Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
47- O Castelo Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
48- The Recognition of Sakuntala Kalidasa (400 A.C.) Índia
49- O Som da Montanha Yasunari Kawabata (1899-1972) Japão
50- Zorba, o Grego Nikos Kazantzakis (1883-1957) Grêcia
51- Filhos e Amantes D.H. Lawrence (1885-1930) Inglaterra
52- Independent People Halidor Laxness (1902-1998) Islândia
53- Poemas Completos Giacomo Leopardi (1798-1837) Itália
54- The Golden Notebook Doris Lessing (1919) Inglaterra
55- Pipi das Meias Altas Astrid Lindgren (1907-2002) Suécia
56- Diário da Loucura e Outras Histórias Lu Xun (1881-1936) China
57- Mahabharata Anon (500 A.C.) Indía
58- Filhos de Gebelawi Naguib Mahfouz (1911) Egipto
59- Os Buddenbrooks Thomas Mann (1875-1955) Alemanha
60- A Montanha Mágica Thomas Mann (1875-1955) Alemanha
61- Moby Dick Herman Melville (1819-1891) U.S.A.
62- Três Ensaios Michel de Montaigne (1532-1592) França
63- História Elsa Morante (1918-1985) Itália
64- Amada Toni Morrison (1931) U.S.A.
65- A História de Genji Murasaki Shikibu Japão
66- Homem sem Qualidades Robert Musil (1880-1942) Austria
67- Lolita Nabokov (1899-1977) Rússia
68- A Saga de Njal (1300) Islândia
69- 1984 George Orwell (1903-1950) Inglaterra
70- Metamorfoses Ovid (43 A.C.) Itália
71- O Livro do Desassossego Fernando Pessoa (1888-1935) Portugal
72- Histórias Extraordinárias Edgar Allan Poe (1809-1849) U.S.A.
73- Em Busca do Tempo Perdido Marcel Proust (1871-1922) França
74- Gargantua e Pantagruel François Rabelais (1495-1553) França
75- Pedro Paramo Juan Rulfo (1918-1986) México
76- The Mathnawi Jalalu'I-Din Rumi (1207-1273) Irão
77- Os Filhos da Meia-Noite Salman Rushdie (1947) Indía
78- The Boston of Saadi (The Orchardi) Sheikh Saadi of Shiraz (1200-1292) Irão
79- A Season of Migration to the North Tayeb Salih (1929) Sudão
80- Memorial do Convento José Saramago (1922) Portugal
81- Hamlet William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
82- Rei Lear William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
83- Othello William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
84- Rei Édipo Sophocles (496-406 A.C.) Grécia
85- Vermelho e o Negro Stendhal (1783-1842) França
86- Vida e Opiniões de Tristam Shandy Laurence Sterne (1713-1768) Irlanda
87- A Consciência de Zeno Italo Svevo (1861-1928) Itália
88- As Viagens de Gulliver Jonathan Swift (1667-1745) Irlanda
89- Guerra e Paz Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
90- Anna Karenina Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
91- A Morte de Ivan Ilich Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
92- Contos Escolhidos Anton Chekhov (1860-1904) Rússia
93- As Mil e Uma Noites (700-1500)
94- As Aventuras de Huckleberry Finn Mark Twain (1835-1910) U.S.A.
95- Ramayana Valmiki (300 A.C.) India
96- A Eneida Virgílio (70-19 A.C.) Itália
97- Folhas de Erva Walt Whitman (1819-1892) U.S.A.
98- Mrs. Dalloway Virginia Wolf (1882-1941) Inglaterra
99- A Casa Assombrada Virginia Wolf (1882-1941) Inglaterra
100- Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar (1903-1987) Bélgica

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A gente vai continuar

Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

A Vida é Bela


Na Itália de 1939, Guido Orefice (Benigni) muda-se para a cidade de Arezzo para aí abrir uma livraria. Fica maravilhado pelo primeira mulher com que se cruza, uma professora chamada Dora (Braschi), com a qual se vai encontrando das formas mais invulgares, primeiro casualmente, depois propositadamente. O regime fascista vai interromper a harmonia que entretanto se instala na vida de Guido, judeu, que é levado com o filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o pequeno Giosué (Cantarini) ao horror da situação, elabora uma complicada justificação, que vai adaptando à medida das necessidades, e que consiste sumariamente em convencê-lo que se trata tudo de uma brincadeira, e que os soldados Alemães estão apenas a fazer o papel de pessoas que gritam muito e são muito maus.

Ricardo Araújo Pereira



Ricardo Artur de Araújo Pereira (Lisboa, 28 de Abril de 1974) é um humorista português que integra o colectivo Gato Fedorento.
Filho de um piloto da TAP e de uma assistente de bordo, frequentou escolas de eleição: a primária numa instituição de freiras vicentinas, o ciclo e o unificado num externato franciscano, o complementar num colégio jesuíta, e por fim licenciou-se em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica Portuguesa, após o qual trabalhou como jornalista do Jornal de Letras.
Em Abril de 2003, fundou, com quatro amigos, um blogue chamado Gato Fedorento que ainda hoje é actualizado esporadicamente. Ricardo assina as suas entradas no blogue com as iniciais RAP.
Da internet, a equipa deste blog mudou-se para a televisão e tem vindo, desde a SIC até à RTP, a alterar o paradigma do humor em português.
Ricardo Araújo Pereira ficou conhecido do grande público quando se insurgiu veementemente contra os que "falam, falam, falam e não os vejo a fazer nada!".
Argumentista da Produções Fictícias, foi co-autor de Herman 98 e Herman 99 de Herman José (RTP), O Programa da Maria (SIC, 2001), Hermandifusão Portuguesa (RDP), Felizes para Sempre (Expresso), As Crónicas de José Estebes (Diário de Notícias), entre outros.
Também faz stand-up comedy e é especialista na criação de personagens e tiques que «saltam» para a rua (como acontecia com algumas criações de Herman José) e são absorvidos de imediato em regime multi-geracional, alimentando campanhas publicitárias de sucesso.
É co-autor do livro "O Futebol é Isto Mesmo (ou então é outra coisa completamente diferente)" e do disco "O disco do Benfiquista, naturalmente".
Para além de actor e argumentista no projecto Gato Fedorento, Ricardo Araújo Pereira é cronista para a revista Visão tendo já sido publicada uma compilação das suas melhores crónicas de seu nome Boca do Inferno.
Participa também nos novos spots publicitários da PT (Portugal Telecom), juntamente com os restantes membros do "Gato Fedorento", sendo este (Ricardo Araújo Pereira) o actor mais destacado.
É casado com a produtora de rádio Maria José Areias com quem tem duas filhas: Rita (tal como a mãe de Ricardo) e Maria Inês. Vivem com três cadelas Lola, Alice e Sara, na margem Sul do Tejo. É também adepto do Sport Lisboa e Benfica.
No dia 13 de Janeiro de 2007, no programa "Os Grandes Portugueses", Ricardo Araújo Pereira ficou classificado em 76º lugar nos 100 maiores portugueses de sempre.

George Orwell - 1984

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (título original Nineteen Eighty-Four) é o título de um romance escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudónimo de George Orwell e publicado em 8 de Junho de 1948 que retrata o quotidiano numa sociedade totalitária . O título vem da inversão do dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, 1948.
O romance é considerado uma das mais citadas distopias literárias, junto com Fahrenheit 451 , Admirável Mundo Novo e Laranja Mecânica. Nele é retratada uma sociedade onde o Estado é omnipresente, com a capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo e de travar uma guerra sem fim, com o objectivo de manter a sua estrutura inabalada.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Às vezes em dias de luz perfeita e exacta

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.

Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!

Alberto Caeiro

Orquestra Clássica do Centro


Mélia Palace da Lousã





Este fim de semana, na vila da Lousã, tivemos o prazer de assistir a um magnifico concerto proporcionado pela Orquestra clássica do centro, este concerto teve lugar no Hotel Mélia Palace da Lousã.


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Moleskine

Caderno de Desenho de Vicent van Gogh (1888-1890) »
Cortesia do Museu van Gogh de Amesterdão

Originalmente produzidos por um pequeno papeleiro francês que abastecia as papelarias parisienses frequentadas por uma elite cosmopolita e vanguardista, o Moleskine deixou de ser produzido em finais do século XX. Em 1986, em vésperas de partir para a Austrália e quando se dirigiu à papelaria na Rue de l'Anciènne Comédie para se abastecer dos seus cadernos de apontamentos, como sempre fazia, o escritor Bruce Chatwin ficou estarrecido quando soube que “le vrai moleskine n'est plus” ( já não existe o moleskine autêntico).Em 1998 um grupo de artistas italianos, proprietários de uma empresa de distribuição de artigos de escritório, a Modo & Modo, registou a marca dos “carnets moleskines” usados por Chatwin e lançou-se no mercado. Ao que tudo indica, terá sido este escritor o autor da designação que, traduzida à letra, significa “pele de toupeira”.


Arcade Fire


Arcade Fire (também conhecido por The Arcade Fire) é um grupo musical de indie rock da cidade de Montreal, Quebec, no Canadá. Fundada em 2003 pelos casal Win Butler e Régine Chassagne, a banda é conhecida por suas apresentações ao vivo, como também pelo uso de um grande número de instrumentos musicais; principalmente guitarra, bateria e baixo; mas também piano, violino, viola, violoncelo, xilofone, teclado, acordeão e harpa.
Seu segundo álbum
Neon Bible foi gravado numa igreja comprada pelos próprios integrantes, motivado por uma melhor acústica. Lançado em Março de 2007, para promover esse álbum a banda criou um sítio web especial[1] onde se encontra um número de telefone para o qual os internautas podem discar e ouvir a canção "Intervention", além de letras das canções e uma página para se ouvir gratuitamente "Black Mirror", a primeira faixa do novo disco.

E agora já lá estamos...




terça-feira, 13 de novembro de 2007

Hoje de manhã saí mais cedo...

Hoje de manhã saí muito cedo

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Alberto Caeiro

O filme mostra o romance entre um homem e uma mulher comprometidos que se conhecem durante um cruzeiro e ficam perdidamente apaixonados. Eles marcam um encontro daqui há seis meses no último andar do Empire State Building, em Nova Iorque, mas um acidente impede que o encontro aconteça.

Um clássico fantástico, com interpretações majestosas de Gary Grant e Deborah Kerr, um filme quase perfeito.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


Gabriel José Garcia Márquez, a quem os amigos chamam de Gabo, nasceu às 9 horas da manhã do dia 6 de Março de 1928 na aldeia de Aracataca na Colômbia, não muito distante de Barranquilla. Seu pai, homem de onze filhos, tinha uma pequena farmácia homeopática, e seu avô materno era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino. Costumavam levar o neto ao circo; às vezes se detinha na rua, como se sentisse uma pontada, e com um sussurro, inclinando-se para ele, dizia: "Ay, no sabes cuánto pesa um muerto!" - referindo-se a um homem que matara. Gabo tinha 8 anos quando esse avô morreu: "desde então não me aconteceu nada de interessante."
A família deixou então Aracataca (a macondo de seus livros) devido à crise da plantação bananeira, e Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Iniciou o curso de Direito em Bogotá entre 1947 e 1948, e nessa época publicou seu primeiro conto. Trabalhou como jornalista em Cartagena, Barranquilla e depois em El Espectador de Bogotá, onde fez grandes reportagens e críticas de cinema. Em 1955 ganhou um concurso nacional de contos e foi enviado especial do jornal à Conferência dos Quatro Grandes, em Genebra; estudou no Centro Experimental de Cinema de Roma e fez uma viagem de três meses aos países socialistas, radicando-se depois em Paris. Em 1956 voltou à Colômbia para casar-se com Mercedes Barcha: tem dois filhos: Rodrigo e Gonzalo. Mais tarde trabalhou como jornalista em Caracas e em 1960 foi para New York como representante da Prensa Latina, agência cubana, nas Nações Unidas, indo em seguida para o México, onde viveu seis anos escrevendo roteiros para cinema.
Como influências que considera importante, Garcia Márquez indica as seguintes: Virgínia Woolf, Faulkner, Kafka e Hemingway, do ponto de vista técnico. Do ponto de vista literário, As Mil e Uma Noites, que foi o primeiro livro que leu aos 7 anos, Sófocles e seus avós maternos.

Cinema Paraíso


Esta obra-prima do realizador Giuseppe Tornatore é um olhar nostálgico sobre a vida de um jovem na Itália do pós-guerra e o seu fascínio pelo cinema, tendo vencido o Oscar para o Melhor Filme Estrangeiro e o Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes. 'Alfredo está a morrer'. Esta notícia surpreendeu o realizador de sucesso Salvatore (Jacques Perrin), levando-o a relembrar a sua infância e o tempo que passou na sala de projecção do cinema da sua vila, Cinema Paraíso.Alfredo (Philippe Noiret), proprietário do cinema e projeccionista, foi um amigo inseparável do pequeno Salvatore, conhecido por 'Toto', à medida que este crescia na sua terra natal, uma vila devastada pelos horrores da guerra. O cinema oferecia fantasia e evasão ao habitantes da pequena vila, fazendo esquecer a dura realidade da fome e da pobreza.Cinema Paraíso é um filme inesquecível e um maravilhoso tributo ao cinema que marcou uma geração inteira de espectadores.

Júlio Resende


M ais de 200 obras constituem a a exposição retrospectiva de Júlio Resende, que foi anteontem inaugurada pelo presidente da República, no Museu da Alfândega, no Porto. Cavaco Silva mostrou "impressionado" com a obra do "mestre da luz".A mostra, que abriu precisamente no dia em que o pintor comemorou 90 anos, contou ainda com as presenças do secretário de estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio e de Agostinho Cordeiro, galerista de Júlio Resende, entre muitas outras individualidades.

Cada lugar teu

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçartudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Nobel da Literatura 2006

Ferit Orhan Pamuk (Istambul, 7 de Junho de 1952) é um escritor turco.

Nascido no seio de uma família rica de Istambul, estudou no estrangeiro Engenharia, Arquitectura e Jornalismo. Todavia, preferiu dedicar-se à Literatura, a partir de 1974.
O projecto teve continuidade até hoje e é tido como o maior romancista turco da actualidade, com obras traduzidas em mais de trinta idiomas. Em Portugal existem no mercado pelo menos duas obras traduzidas em português, mas já é certo que muitas editoras tem contratos novos para a edição de mais livros de Pamuk no país ibérico.
Entre seus romances mais célebres encontra-se o laureado Meu Nome é Vermelho, uma história de amor e mistério implacáveis, vividos na Turquia do século XVI.
Tornou-se polémico ao acusar, num artigo de um jornal suíço, por si escrito, seu país de ter cometido genocídio contra o povo arménio, aquando da decorrência da Primeira Guerra Mundial e o assassinato de 30 mil curdos, a posteriori. O caso foi levado à justiça turca, e Pamuk teve mesmo que prestar declarações em tribunal. Este caso teve polémica internacional e o romancista tornou-se conhecido um pouco por todo o mundo.
Mas o que o catapultou para a fama mundial, foi o facto de ter sido galardoado, a 12 de Outubro de 2006, com o Prémio Nobel da Literatura. O Comité Nobel justifica o prémio com a frase seguinte: "em busca da alma melancólica da sua terra natal encontrou novas imagens espirituais para o combate e para o cruzamento de culturas".
Assim, tornou-se o primeiro turco a receber um Prémio Nobel. Antes, porém, já havia recebido outros prémios de renome internacional.Foram os seus textos sobre as vivências turcas, as desigualdades entre os cidadãos da Istambul actual e as comparações feitas entre a Turquia otomana e a Turquia moderna

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Monges Cartuxos




Ainda em relação à Grande Reportagem exibida na SIC no Sábado 29 de Setembro, aqui ficam algumas curiosidades sobre a Ordem dos Cartuxos.


A Ordem dos Cartuxos (do latim Ordo Cartusiensis, O.Cart.) é uma ordem religiosa católica semi-eremítica fundada em 1084, por São Bruno, em França.
No passado, esta ordem religiosa dividia-se em dois grupos: os
padres e os irmãos leigos. Cada monge tinha acesso à sua própria cela a qual, poucas vezes, abandonava. Três vezes por semana não comiam pão, água ou sal e faziam, muitas vezes por ano, longos jejuns. Os monges cartuxos permaneciam sempre num regime de estrito silêncio e o consumo da carne e do vinho eram-lhes proibidos.
Presentemente, os monges cartuxos continuam ainda a prática, com pequenas modificações, de tal austeridade.
Em
Portugal, ainda existe um mosteiro desta Ordem onde se praticam tais costumes, é o Convento de Santa Maria Scala Coeli, em Évora. No Brasil existe também um mosteiro cartuxo, na cidade de Ivorá, RS.

O Carteiro de Pablo Neruda


O Carteiro de Pablo Neruda é uma daquelas pérolas do cinema que nos fazem sorrir e que nos emocionam. Num tom lírico este filme mostra-nos a amizade que se criou entre o poeta chileno e o seu carteiro e o enamoramento deste ultimo pela bela Beatrice Russo.


Por razões políticas o poeta Pablo Neruda é obrigado a procurar exílio numa ilha em Itália. Neruda é amado pelo povo pelas suas crenças comunistas e pelas mulheres pelos seus poemas de amor. Mario é filho de um pescador e está desempregado. Ele tem muitas dificuldades a ler e escrever, mas mesmo assim consegue ser contratado como carteiro, tendo como privilégio ser o encarregado da correspondência do poeta.


Este é o retracto delicioso e inesquecível da busca de amor, felicidade de um homem. Recheado de momentos hilariantes, proporcionados principalmente por Massimo Troisi, que tem um papel encantador e muito rico. O filme é ainda uma ode à poesia, às metáforas, ao amor.


O actor e argumentista Massimo Troisi morreu de ataque cardíaco apenas 12 horas após a conclusão das filmagens deste filme. Apesar de saber que era doente cardíaco e que necessitava de tratamento e descanso, persistiu na sua ideia de terminar esta personagem. Está então de parabéns pois deixa um enorme carinho, pela sua simples mas grandiosa personagem cativante.

É sempre muito complicado conseguir transpor para um filme toda a essência de um livro e é o caso deste filme, apesar da história ser muito cativante há momentos que se perdem pela falta de mais pormenores que estão presentes no livro. Devo assim confessar que é preferível o livro ao filme, mas este ultimo não deixa por isso de merecer o seu mérito, pois é um filme terno e romântico, mas talvez não aconselhável para quem venere as histórias românticas hollywoodescas.


Este filme foi vencedor do Óscar de melhor Banda Sonora e ainda foi nomeado para Melhor filme, Melhor Realizador, Melhor Actor – Massimo Troisi – e melhor Roteiro Adaptado.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Jerusalem - Gonçalo M. Tavares


A literatura portuguesa passa e passará irremediavelmente pelo jovem escritor Gonçalo M. Tavares, ou então, «que seque a minha mão direita».
Confesso que tenho certa predilecção por determinados temas, dos quais a loucura faz parte indubitavelmente da lista. Não foi, portanto, difícil chegar a um dos romances negros de GMT: Jerusalém.
A acção desenrola-se dentro do hospício Georg Rosenberg e fora. A dúvida reside em compreender de que lado está a demência. Atrevo-me a responder que está na «realidade normal». GMT utiliza a imagem de uma caixa negra para explicar esta relação: quem está dentro da caixa vê o que está dentro e o que está fora mas os que estão fora só vêem o que está fora.Georg Rosenberg assemelha-se a uma instituição totalitária: os doentes são obrigados a colocar em causa os seus valores. No entanto, lá dentro, geram-se vidas: Kaas, o menino deficiente, fruto da relação entre Mylia e Ernest Splenger. Theodor Busbeack, marido da perturbada Mylia, adopta o menino apesar de o pai o alertar para não o fazer, pois pode prejudicar a sua carreira. Afinal de que lado está o Bem?Hanna, a prostituta, Hinnerk, ex-combatente de guerra, e Gomperez, médico-chefe de Rosenberg são outras personagens do romance que se vão cruzar num final trágico.
O mal e a busca desesperada das suas raízes constituem a essência de Jerusalém. Theodor Busbeack procura descobrir uma teoria que explique as causas da maldade cometida no passado, do qual os campos de concentração nazi são o mais recente exemplo, e prever o seu futuro. Este é o seu objectivo de vida: chegar a uma simples fórmula que possa antever o destino da humanidade.
A acção não se desenrola cronologicamente: tanto saltamos do presente para o passado como ao contrário. Por vezes até nos deparamos com parágrafos que temos a sensação de já ter lido. Mas afinal, quem disse que a nossa mente está organizada e arrumadinha?
A escrita de GMT é límpida e áspera: todas as palavras estão no peso e proporção certas, não há excessos, tudo que escreve é estritamente necessário e suficiente. O seu humor é trágico, por vezes cruel, mas sempre excessivamente inteligente. Desengane-se o leitor que procura em GMT uma pílula espiritual para o entretenimento das horas vagas.